02 junho 2013

Capítulo 16


ESCRITO POR: MAYRA BORGES


Fiquei de costas para o monitor coloquei meu cabelo para frente deixando a mostra minhas costas largas e a pele clara.  Coloquei as mãos na cintura e fui até o short jeans, desabotoei e soltei o zíper, olhei por cima do ombro, ele estava vidrado e havia um sorriso indecifrável naqueles lábios finos e bem desenhados. Senti um arrepio percorrer meu corpo, como eu queria sentir aqueles lábios nos meus, aquelas mãos ásperas passeando por minhas costas, afagando meu rosto, segurando firme a minha cintura... Pisquei para ele e continuei o que estava fazendo, as palavras eram absolutamente desnecessárias. Um turbilhão de pensamentos me sacudia por dentro me impedindo de raciocinar bem, mas uma força me impulsionava a agir devagar e eu fui. Virei para o computador e digitei apressada:
- O que quer que eu faça?
- Que continue, que sinta-se a vontade, apenas isso. Vá até onde quer ir, não temos pressa.
Assenti com um aceno breve de cabeça. Minhas mãos tremeram, e pela primeira vez senti-me dividida e precisei respirar fundo, eu não estava a vontade o suficiente, havia uma tensão que prendia meus movimentos e sabia que não soaria nada natural continuar a me despir.
                - Acho que estou indo um pouco longe demais._disse finalmente, estava me sentindo um tanto frustrada.
                - Está tudo bem?
                -Está, mas você me entende se eu não puder?
Ele sorriu quase sem graça o que me desconcertou, cruzei os braços frente ao corpo instintivamente e ele disse:
                -Desculpe, acho que fui um pouco longe demais.
                -Não é culpa sua, mas acho que preciso de um pouco mais de tempo.
                -Está arrependida?
                -Não, mas confesso que preciso de um pouco mais de tempo.
                -Ok.
De repente milhões de perguntas atravessaram a minha mente, como se eu tivesse finalmente saído de um momento de inconsciência direto para a superfície da razão, estava tonta. Estava ficando louca? Meu corpo estava tenso, mas havia em mim um desejo, que reclamava por não ser atendido, embarquei em minhas confusões. E agora, como prosseguir?

 CONTINUA...

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20 comentários:

  1. Ah sim, aquele momento quando a razão fala... Mas passa. kkkk

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    1. Pois é, vamos ver onde isso vai dar não é mesmo? haha

      Beijão, querida.

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  2. E agora como prosseguir?
    Esta é pergunta que não que calar!
    A resposta pode estar na prateleira do supermercado e no porta-cds.
    Um bom vinho e uma musiquinha suave.

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    1. Você sempre arrasando nos comentários, a resposta pode estar na ponta do nariz apenas esperando uma olhadela rápida no espelho, quem sabe?

      Beijos, Claudio.

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    2. Obrigado querida.
      Beijos.

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    3. Ansioso pela continuação - rssss.
      :)
      Bj

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    4. Só sábado que vem, essa semana está muito corrida, sei não viu.

      Beijos, querido.

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  3. não ter pressa é a parte principal. mas como não ter pressa nessa hora?

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    1. Os opostos que nos perseguem a vida inteira. rs

      Abração, Carlos.

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  4. Mayra,
    euzinha aqui lendo já fiquei tensa!
    Imagina a Miriam coitada! rsrs

    Quero mais :D

    Um beijo!

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    1. POis é, Jhosy, complicado né não?

      Beijos, querida.

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  5. Eu jurava que ia ser agora o momento que ele veria o corpo inteiro!!
    Ai, surpreendente!

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  6. Preguei uma peça em vocês hahaha

    Quem sabe na próxima, né? rs

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  7. nossa nunca sei o que esperar quando começo a ler...
    beijos

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    1. Nem eu quando começo a escrever.

      beijos, lola.

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  8. Poxa Mayra, como você frustra a gente assim. Ela não foi longe demais. Ela devia ter continuado. Quebrou o clima. Não exatamente da história, mas o meu... rs Estava ansioso para uma continuação agradável. De qualquer forma, instiga. Dá margem para coisas novas pela frente. Me surpreenda moça.

    Beijo querida!

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    1. Foi decepcionante para mim também, mas quando escrevo alguma coisa procuro deixar que a história se conte, sou mero instrumento para escrevê-la, não tenho muito domínio sobre o que acontece, as palavras não são escolhidas a dedo elas vem e se impõem sobre minha própria vontade, mas se eu não estiver enganada, algo agradável pode vir a acontecer em breve. rs

      beijão, querido.

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    2. Nossa, que lindo o que tu escreveste.

      Êbaaa!! Vou aguardar o agradável. rsrs

      Tem texto novo no blog.

      Beijo!

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  9. Obrigada, Alê.

    Opa, vou lá ler já já.

    Beijão!

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Obrigada.