ESCRITO POR: MAYRA BORGES
Caso não se lembre a última despedida entre eu e
Vincent foi selada com a promessa de que em breve eu poderia vê-lo, duas semanas
se passaram sem que nos falássemos desde então. Foi assim que de repente me
peguei a alimentar uma espécie de raiva contra a esperança. Eu chegava em casa
do trabalho e ficava na internet esperando que ele entrasse, mas nada; e era
esse esperar o nada que me nauseava. Uma tortura longa, quanto tempo mais eu
teria que esperar? Essa falta de resposta me irritava. Então comecei a me
repreender por pensar assim, estava apenas perdendo o meu tempo sendo tola,
tudo tem sua hora e quando chega a hora é mais legal, foi assim que o Humberto
Gessinger me convenceu a não pensar.
Sábado à noite, estava sozinha no apartamento. Hora ou outra todas essas linhas não passarão
de um dossiê, se é que já não o seja, a solidão documentada. Já me preocupei
mais com isso, hoje eu aprecio a minha companhia e até comparo a minha solidão
com uma roupa íntima, não é a mais bonita, a mais sexy, mas é quase confortável
e indiscutivelmente me caí muito bem. A moça dos olhos tristes, muito prazer,
essa sou eu. Talvez soe dramático, mas acontece que em certos momentos as
palavras não são capazes de traduzir em exato o real das coisas e das pessoas,
este é um desses casos. Não existem palavras que possam me explicar.
Sábado à noite, minhas pálpebras estavam ficando
pesadas e minha cabeça procurava formas de evitar um meio conflito que havia se
iniciado entre eu e meu namorado, Carlos. As coisas entre a gente não iam nada bem, à
distância e a falta acabam com tanta coisa e isso doi demais, mas a gente tenta
equilibrar as coisas até onde da, não é? “Até quando valer a pena.” Era isso
que tilintava na minha cabeça. De um lado a briga anunciada entre eu e Carlos e do outro o silêncio de Vincent,
Sábado à noite, e insisto em tentar fugir, talvez na
forjada intenção de deixar essa parte em segundo plano, em disfarçar de
secundário o que é fundamental. E eu continuo me delatando, é inevitável. Eu
estava em frente ao computador quando alguém me enviou uma mensagem, e
eu fingi que não me importava em responder, mas ai sorri da minha tolice, se eu
estava com fome porque recusar a comida?
-Oi Miriam boa noite.
-Olá, Vincent.
-Tudo bem?
-Tudo e você?
-Tudo tranquilo.
E
então aquele sorriso na fotografia, era um convite ao pecado. Eu tentei evitar,
mas quando dei por mim já estava rindo, e era uma mistura de tantas coisas dentro
de mim. É impossível conter uma enxurrada e naquele momento eu era toda
enxurrada, de desejos, de paradoxos e de tudo que há pra ser...
-Que bom.
-Tenho uma surpresa pra você.
CONTINUA...
VISITE MEU OUTRO BLOG: ERA OUTRA VEZ AMOR
Fiquei super mega curiosa com esse silêncio do namorado de Miriam... E o pior é que são nesses momentos que o reboliço todo pode acontecer! Fiquei meio intrigada com esse carinha aí que puxou papo com ela, mas vou aguardar. Estou torcendo para que Miriam não use dessa oportunidade para preencher o vazio que ela, aparentemente, demonstrar estar tendo.
ResponderExcluirBeijos,
e ansiosa para o próximo capítulo!
A água entra em ebulição e daí para que comece a ferver é em um piscar de olhos, não é mesmo?
ExcluirEsperemos pelo próximo capítulo, porque nem eu sei ainda o que vai acontecer.
Beijão, Ari.
Adorei, tomara que ela saiba lidar...
ResponderExcluirbeijos
Pois é.
ExcluirBeijos, Lola.
Ai Deus, qual é a surpresa? Estou super curiosa! Posta logo a continuação, auhsu
ResponderExcluirBeijão♥
http://menina-do-sol.blogspot.com/
Bom saber que deixei você curiosa. o/
ExcluirSou má, rsrs
Beijão, querida. Próxima semana tem continuação!
É... o Carlos está com os dias contados.
ResponderExcluirSerá, Claudio? Tudo pode acontecer, não é verdade?
ExcluirBeijos!
Curiosidade! Já tem nome de pecado, Vincent!
ResponderExcluirBlog: O silêncio não existe
FanPage: www.facebook.com.br/osilencionaoexiste
Beijos, Lenise
É verdade, Lenise.
ResponderExcluirBeijos
AAAAAAAA! Um viva pra quem está aguardando ansiosamente pra saber o que é a tal surpresa do rapaz encantador!
ResponderExcluirSerá que ele irá visitá-la? Não vejo a hora de uma baita de uma noite. hahahaha
beijos!
(Aliás, já disse o quanto admiro esse dom de escrever uma história longa, como um livro? Eu me perderia fácil! Consigo apenas fazer textos ou poesias iguais do meu blog, curtinhos! haha)
beijão.
Acho que a Miriam adoraria uma vista, e uma noite, manhã ou tarde bem interessante haha. Quem sabe?
ExcluirSempre ótimo te ver por aqui, guria. Agradeço de coração e só posso retribuir escrevendo. Seus textos são lindos, curtinhos. Poucas palavras que dizem muito. Eu estou aprendendo a escrever textos maiores.
Beijos, querida.
Eu tenho agonia de histórias que me deixam com esse gosto de quero mais sem que eu possa ter a continuação no exato momento em que sinto vontade kkkkk Continua :) Estou curiosa!
ResponderExcluirwww.alquimistadesonhos.com
Tem continuação no domingo, não perde! haha
ExcluirBeijos, flor.
Uma enxurrada de desejos, de paradoxos,
ResponderExcluira esperar pela proxima parte.
E essa mais que tudo é uma história de esperas.
ExcluirBeijos!
Ai ai ai... Algo me diz que o Carlos logo sai de cena heim? rs
ResponderExcluirPor favor, me diz que surpresa do Vincent é aparecer na porta dela? *--*
Afinal, duas semanas sem se falar, já teria me levado ao infarto! rs
Super curiosa pela continuação! :)
Um beijo,
Jhosy
Jhosy, minha querida, eu só posso dizer: quem sabe? haha
ExcluirQuem sabe seja isso ou outra coisa, quem sabe? rsrsr
Beijão, flor.
O enredo escorre tão fluido que a gente nem percebe acabá-lo. Você escreve com naturalidade e a gente se insere na história. Achei cadenciado e com muita personalidade.
ResponderExcluirEla narra os fatos com uma veemência tão suave, tão doce. Atiça a curiosidade por conta das variadas sensações que ela escapole em si.
Aguardo a continuação menina Mayra.
Beijo!
Nossa, Alexandre que palavras bonitas. Muito obrigada pelos elogios, é muito gratificante ler palavras assim.
ExcluirA Miriam é doce, mesmo sem perceber, talvez nisso ela seja um pouco parecida comigo, na doçura. rs
Beijos, querido.