Por: Mayra Borges
Não houve pausa, as palavras mostraram-se completamente desnecessárias
diante do que se seguiu. Não foi um beijo entre o mocinho e a mocinha nem entre
o vilão e a vilã da novela ou dos filmes de Hollywood, foi algo que câmera
nenhuma conseguiria transmitir, foi suave e intenso ao mesmo tempo,
arrebatador... Senti como se eu
estivesse em pausa todo aquele tempo esperando apenas por aquele beijo para
começar a viver.
Ele me puxou contra o
peito com vontade, nossas bocas não pararam hesitantes antes que se encontrassem,
tomaram-se com avidez, nossas mãos mergulhavam entre os cabelos um do outro,
deslizavam pelas costas e pelos braços, encontravam-se e novamente perdiam-se
pelos nossos caminhos. Tínhamos sede e urgência naquele beijo e tantos outros
que se seguiram depois desse. Por vezes nos esquecíamos de respirar, nos
beijávamos entre sorrisos, entre dentes, entre saliva, língua e desejo, um
desejo sem precedentes, incontrolável e incendiário. E cada um daqueles beijos
quentes, úmidos, urgentes e sedentos que se seguiram pareceram durar o mesmo
tempo das coisas infinitas.
Abrimos os olhos depois
de algum tempo. Meu peito ardia, aspirei profundamente e soltei o ar devagar. Vincent
inclinou o rosto na minha direção, chegou a quase encostar os lábios na minha
orelha – o que me provocou uma sequência de pequenos arrepios – e perguntou:
- Isso responde a sua
pergunta? – sua voz estava grave e rouca.
Fiz que sim com a cabeça e em seguida pedi:
-
Me leva daqui – foi um sussurro carregado de urgência.
- Não sem antes saber. –
seu rosto assumiu um ar sério e penetrante quase que de repente.
Seus olhos me fitavam com uma intensidade e eu sentia-me afogar dentro
deles, cercada de fogo e mistério por todos os lados, e eu sei que ele podia
ver a mesma intensidade flamejar dentro dos meus olhos.
- Saber o quê? –
respondi sentindo o ar faltar mais uma vez.
- Você me quer?
Após perguntar, Vinc beijou delicadamente o meu pescoço o que me fez
soltar um gemido baixo cheio de expectativa e excitação.
- Me tira daqui e eu te
dou a resposta. – disse por fim, quase tropeçando nas palavras e engasgando com
o ar.
Ele sorriu e nos beijamos mais uma vez e se me perguntassem eu não
saberia responder, quem eu era, onde estava e nem que dia era da semana.
Naquele momento eu era fogo, desejo e nada mais que isso. Meu corpo vibrava em
seus braços e era tudo que eu precisava sentir e saber.
Vinc afastou-se de mim
com certo esforço e saiu do carro, eu respirei fundo e fiz o mesmo, senti
minhas pernas tremerem e um sorriso irredutível se instalar nos meus lábios de
um vermelho borrado, uma embriaguez tomou conta do meu corpo, eu sentia-me leve,
mas ao mesmo tempo tinha a sensação de que não conseguiria me mover.
- Vem comigo. – falou
oferecendo-me o braço.
Seguimos escada a cima quebrando o silêncio com o som dos nossos passos
apressados. O gosto dele estava na minha boca e ainda não me distanciara da
sensação do toque quente de suas mãos deslizando pelas minhas costas e
acariciando minha nuca. Entramos no elevador, minhas mãos estavam suadas e meu
coração batia forte, Vinc estava em silêncio, mas eu podia sentir seu olhar
fixo em mim. Paramos no terceiro andar, o prédio era simples e por mais que eu
tentasse não conseguia prestar atenção aos detalhes. Depois de alguns curtos
minutos nos encontrávamos parados em frente ao apartamento 32.
Entramos, Vinc acendeu
a luz da sala e eu passei os olhos levianamente pelo cômodo, havia uma estante
organizada de livros, CDs, DVDs e objetos aos quais não prestei atenção. A sala
era pequena, mas confortável e eu sentia aquele perfume tão característico dele
suspenso no ar. A janela estava fechada e havia algumas revistas espalhadas
sobre o sofá preto de vinil.
- O que achou? – Vinc
perguntou sem muito interesse na minha resposta.
- Confortável. – Respondi
sem muita convicção.
De repente eu senti-me tensa, sem saber o que fazer, para onde olhar e o
que dizer. Vincent então se aproximou de mim e me puxou de encontro a si e
novamente senti arrepios percorrendo meu corpo como se fossem pequenas
descargas elétricas. Eu sorri, esquecendo completamente a tensão que se
instalara em mim. Ele me olhou por alguns segundos e então me beijou com ainda
mais vontade que antes, e eu retribui aquele beijo como se fosse o último da
minha vida, havia um desespero em mim que eu tentava repelir a todo o momento,
mas que cada vez mais se apoderava dos meus gestos.
Nossos corpos se encontravam, eu
puxava-o cada vez mais forte de encontro ao meu corpo querendo eliminar
qualquer distância que se interpusesse entre nós, nossas bocas perdiam-se entre
beijos sôfregos, uma fina camada de suor brotava em minha testa e eu já podia
sentir os fios de cabelo grudando na pele, eu sentia que derretia a cada
segundo e nunca essa sensação foi tão agradável. Vinc brincava com as mãos em
minhas costas até deslizá-las para dentro da minha camiseta, eu brincava com
meus dedos entre seus cabelos macios, e minha língua percorria seu pescoço.
Não era necessário fazer perguntas
nem dizer mais nada, tudo já havia sido dito, já havíamos esperado tempo demais,
as palavras eram inúteis. Deixamos o desejo falar mais alto que tudo. Eu sentia
algo transbordar em mim, um sentimento sem precedentes, uma mistura de medo e
coragem, sonho e realidade, euforia... Eu apenas me entregava cada vez mais,
sem hesitações.
Vinc mordeu meus lábios e me puxou
contra si com ainda mais vontade, eu podia sentir cada centímetro do seu corpo
quente e forte sob a roupa, mas eu queria mais, nós queríamos mais. Ele
novamente colocou as mãos por baixo da minha camiseta acariciou minhas costas,
parou de me beijar por um instante e me fitou intensamente, eu sorri ofegante e
ergui os braços, ele então retirou minha camiseta com agilidade, voltou a me
beijar os lábios, a face, o queixo, o pescoço, os ombros... Num gesto quase
despretensioso derrubou as alças do meu sutiã, suas mãos acariciaram minhas
costas mais uma vez, eu inclinei a cabeça para trás enquanto ele beijava mordia
devagar o meu pescoço. Eu então segurei seus pulsos e ergui seus braços,
retirei sua camisa e a joguei pra longe. Pressionei ainda mais meus quadris contra
o dele, ele soltou um suspiro abafado, eu sorri e mordi sua orelha devagar, me
deliciando com o prazer de senti-lo cada vez
mais perto de mim...
CONTINUA...
respira fundi, puxa o ar ..... perdi o fôlego.
ResponderExcluirRespira, conta até 10 e aguarda o próximo capítulo.
ExcluirBjs, Claudio.
rssss.
ExcluirBjs, querida.
Ahhhh.... O próximo capítulo! rs...
ResponderExcluirlogo logo eu posto hehe
ExcluirBjs, Fábio.
(demorei pra vir, mas tô aqui, rs)
ResponderExcluirFoi o que eu imaginava mesmo, um calor intenso, um desejo falando mais alto... pegações. rs
Tira mesmo até o fôlego de quem leu, imagina desses dois.
Tô curiosa pra saber o que vai acontecer depois, como vai ser o fim deles. Ou seria um novo começo?
Aguardando, escritora. (;
Beijão ;**
Um fim ou um novo começo, o que será?
Excluirhaha, bj bj Sam
Vou ali tomar um copo d'água que o negócio agora ficou quente.
ResponderExcluirNão esqueça de por gelo, porque ainda tem o próximo capítulo.
ExcluirBjs, Thais.
Sempre achei essas cenas dignas de um filme May, faz quase um ano que a vejo escrever e como sempre, você me surpreende em cada linha. Está como sempre muito maravilhoso, chego a me recordar de amores adolescentes onde existia uma urgência muito grande para corpos se fundirem. Espero maravilhada o próximo capítulo.
ResponderExcluirGrande beijo!
Perdi o fôlego aqui... aiai...
ResponderExcluirMay, o próximo capítulo por favor!! =D
Respire fundo que o próximo capítulo tá chegando.
ExcluirBeijão, Alexandre.