- E ai, gostou?
- Gostei sim, é lindo.
- Então vem comigo.
Não questionei, apenas continuei caminhando ao lado dele pelo calçadão que
nos deixava sempre a alguns centímetros da areia branca e fofa, continuei
sentindo a noite e aproveitando a companhia, continuei sentindo uma inquietação
constante dentro de mim cada vez que nossos braços esbarravam um no outro.
Aquele encontro estava indo tão além do que eu imaginara que começava a
me deixar confusa, Vincent sempre tivera esse dom de me bagunçar por completo,
sua presença era quente e seus olhos continuavam indecifráveis e por mais que
eu tentasse não conseguia saber muita coisa.
- Gostaria tanto de
saber o que você está pensando._ele parou de andar e olhou pra mim com um olhar
que me desconcertou.
Observei seu rosto e finalmente encontrei traços da expressão que eu
procurava, abaixei a cabeça e levantei o olhar devagar até encontrar o dele,
misterioso, eram dois imãs que me puxavam para si e meus olhos prenderam-se aos
dele de tal forma que por alguns minutos a praia inteira desapareceu.
- Quer mesmo saber no
que estou pensando?
Ele fez que sim com a cabeça e quase tive medo de que ele chegasse perto
demais, minhas mãos estavam frias novamente e meu coração incrivelmente
acelerado.
- Estou pensando em
riscos, fogo, pólvora, fogos de artifício...
Ele sorriu, colocou as mãos nos bolsos, desviou os olhos dos meus e
fixou-os no céu limpo de estrelas tímidas e disse em seguida, repetindo uma
frase da qual eu lembrava perfeitamente:
- Eu esperava uma
explosão mesmo.
- Não vai me propor
autocontrole?
- Vai adiantar?
- Pra mim não e pra
você?
- Também não.
Respirei fundo, desviei meus olhos pro mar, minha garganta estava seca...
Ele chegou mais perto de mim a ponto de eu poder sentir sua respiração quente.
- Eu não estava
contando que você fosse chegar assim tão perto._sussurro.
- Nem eu.
- Sério?
- Não.
Eu senti seu rosto quase próximo o bastante do meu, por Deus, como eu
queria sentir aqueles braços em volta do meu corpo, suas mãos nos meus cabelos,
seus lábios nos meus. Nossos olhares se encontravam e eu reconhecia nele o
mesmo desejo que também ardia em mim, mais um pouco daquilo e eu não sei dizer
o que teria acontecido.
Dei um passo para trás, recuperando o fôlego, levei meu dedo indicador
até os lábios em sinal de silêncio e disse baixinho:
- Sem provas.
CONTINUA...
Sem provas foi ótimo rsss.
ResponderExcluirFoto linda!
Bjs
Histórias, estórias e outras polêmicas
Sem provas não está no título por acaso, foram as duas palavras que deram origem a toda história.
ExcluirAbraços, Claudio.
Ah! estava ótimo! Até o próximo capitulo. Fiquei super curioso, conto empolgante, prende o leitor! Delicia de texto!
ResponderExcluirObrigada, Fábio.
ExcluirFico feliz que tenhas gostado.
Logo logo, postarei a continuação.
bjs
Volto para o próximo capitulo! :)
ResponderExcluirFico muito grata.
ExcluirAbraços
Nãaaao May, poxa, pensei que eles fossem se agarrar. =/ rs
ResponderExcluirMas te confesso que tava esperando alguma frase, ou algo assim, relacionado ao titulo do blog,
e o "Sem provas" no final ficou ótimo, encaixe perfeito. Mas o encaixe teria sido mais perfeito
se eles se agarrassem. :p Aguardando o próximo capitulo. (:
Bjão, escritora! ;*
Em público? Tem certeza que seria mesmo uma boa ideia? Acho que não.
ResponderExcluirEu já usei o "sem provas" algumas vezes no decorrer da história, nos primeiros capítulos.
Foram as duas palavras que deram formato a ideia,
Logo logo, tem continuação.
Beijos, Sam.
Esse magnetismo que existe entre os dois é o que mais apaixona. Personalidades que se encaixam de maneira fantástica. Cada capítulo mexe com o imaginário, a gente fica torcendo pelo desenrolar. Mas tudo é tão bem feito, tão delicadamente envolvente. Vou pro próximo capítulo. Tá demais rs
ResponderExcluirBeijo!!
Sabe que esse magnetismo acabou me surpreendendo também, eu simplesmente comecei a escrever, mas não foi nada com um roteiro pré estabelecido, as coisas foram acontecendo, as histórias foram se formando em minha mente e eu fui escrevendo.
ExcluirFico feliz que você esteja gostando tanto.
Abraços, Alexandre.