ESCRITO POR: MAYRA BORGES
Ele sorriu e eu pude ver aquele sorriso se formando, o
movimento dos lábios, os olhos castanhos e estreitos... Fiquei observando-o sem
dizer palavra, porque tinha plena certeza de que não conseguiria dizer nada por
alguns minutos. Então comecei a sentir uma pequena agitação como um redemoinho,
uma tempestade se formava dentro de mim e o arrepio aflorou na pele, despertando
o meu lado sem juízo algum; lentamente. Ele me observava.
-Seu cabelo é lindo._disse ele.
-Obrigada.
-Consegue me ver bem?
Fiz
que sim com a cabeça, ainda tinha um sorriso bobo nos lábios.
-Se eu disser que você é muito
linda, vai ficar repetitivo?
-Não me importo com as
repetições.
-Esse teu sorriso é caminho
perigoso, sinto que me perderia fácil nesse labirinto.
-Quer dizer que meus lábios são
labirintos?
-Que atraem meus instintos mais
sacanas.*
-Teu olhar sempre distante,
sempre me engana.*
Ri
do encontro exato da realidade com a música, mais uma peça do acaso que
encontra seu encaixe. E comecei a cantar, foi automático.
-Estou sorrindo de você e para
você, cantando ai, louca.
-Eu não estou louca, estou
apenas agindo naturalmente, você não vai querer me ver louca.
-Quem disse que não?
Eu
sorri, a blusa escorregou devagar mostrando o que eu não pretendia esconder por
muito tempo.
-Gostei do decote, essa sua
blusa, menina. Confesso que o pouco já me excita o desenho dos teus lábios, seu
rosto agrega inocência e erotismo, combinação perfeita. Como consegue ser tão
angelical e sensual ao mesmo tempo?
-Só posso dizer que não é de
propósito.
-Imagino que não, é natural.
Fiquei
mais um tempo observando-o, a forma como passava a mão pelos cabelos úmidos, a
barba por fazer... Eu queria decorar os movimentos, gravar frame a frame na
memória pra nunca mais esquecer. A realidade fora daquele quarto não me
interessava mais, pelo menos não naquele momento; estava focada no meu delírio,
na minha falta de juízo, na minha ambição por cada capítulo, eu precisava lembrar
aquele ar meio cafajeste meio – como cantou o Cazuza: maior abandonado. Algo
que só tinha encontrado nele e em mais ninguém. Tinha a força certa pra me puxar
pra qualquer lado, sem me merecer, meu corpo por prazer sem amor – de preferência.
E como dizer não? Me rendi.
*Refrão de Bolero - Engenheiros do Hawaii
CONTINUA...
VISITE MEU OUTRO BLOG: ERA OUTRA VEZ AMOR
A história está chegando no clímax. A leitura nos faz suar frio. Eu ao menos fiquei ofegante com o desenrolar. Lembrando dos capítulos anteriores é interessante notar a tensão crescente. Este agora é mais maduro e envolvente. E incita os nossos instintos mais sacanas. Rá!
ResponderExcluirrsrs
Beijo!
ps: Continua? Ahhhh, louco pra ver a continuação... =D
Tensão, essa é uma palavra que permeia muitas partes da história até aqui.
ExcluirToda vez que o sábado vira domingo tem texto novo do sem provas.
Beijos, moço. Muitíssimo obrigada pelo carinho comigo e com a Miriam. Suas palavras com certeza servem de estímulo pra mim. *O*
Diálogos desse tipo só me faz pedir a continuação, sério! Continua, continua. *__*
ResponderExcluirBeijos
E como eu sou uma garota muito legal digo logo que domingo tem mais! haha
ExcluirBeijos, Arih.
Primeiro agradeço o lindo comentário no meu blog de verdade, a saudade é algo que nunca vem sozinha! E sempre que vai leva algo.
ResponderExcluirAdorei o texto, o diálogo e na melhor parte acaba, mal posso esperar pra ver a continuação, desperta uma vontade doida de amar alguém, nos seus mínimos detalhes.... adorei a referência à Engenheiros, adoro as músicas.
E falando em Cazuza, esse poeta inspirou muitas histórias no meu tapete, o texto novo lá no meu blog fala sobre uma delas, espero que leias, e que gostes.
Sua visita é uma alegria imensa,
Um super beijo
http://venenosemacas.blogspot.com.br/
Olá, Tainá.
ExcluirTem que dar uma pausa pra curiosidade haha.
Eu que agradeço o carinho aqui, você escreve muito bem, fico imensamente feliz com sua presença aqui! E nem precisa pedir, já passei no seu blog, fiquei encantada com teu conto, me deixou sem palavras, você através das palavras faz os sentimentos mais palpáveis. Lindo!
Beijos, flor.
Xiii Carlos, perdeu playboy.
ResponderExcluirE no balanço das horas tudo pode mudar!
ExcluirNunca se sabe, será que perdeu mesmo? haha
Forte abraço, Claudio.
Parabéns, voce me prendeu durante todo o texto!!
ResponderExcluirAdorei as palavras e o jeito como escreve..
Muito obrigada por compartilhar a sua opinião comigo, Camila, mesmo!
Excluir*-* Beijos, querida.
"E como dizer não? Me rendi." Cara, isso tá ficando sensacional. Tuas palavras sempre deixam um gostinho de quero mais.
ResponderExcluirBeijos querida Mayra♥
Sério, Vi? Ain, eu fico toda boba com vocês, sério.
ExcluirVi, vc é minha amora *-*
Beijos carinhosos, flor!
Não para não meninaaaa! Continua, está me matando, haha.
ResponderExcluirMais um pouco desse diálogo e eu acho que surtava aqui *.*
E tipo, a Miriam não vai ter um ataque do coração um dia desses não né?
Ansiosa por mais aqui...
Um beijo!
Jhosy
http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br/
Vou continuar, não sei para onde, mas vou! haha
ExcluirQuem sabe? kkkk
Domingo tem mais, Beijos!