22 março 2013

Capítulo 05


ESCRITO POR: MAYRA BORGES


Foi bom despencar precipício abaixo, mergulhar em águas desconhecidas, todo mundo precisa se desprender às vezes, a vida pede por loucuras, por mudanças. Precisamos passar por alguns caminhos para nos reconhecermos em outras histórias... E ele continuou a alucinar-me com aquelas palavras tolas, fazendo-me arder sem ao menos encostar em minha pele clara. Era evidente a sua capacidade de deixar-me sedenta.
-Eu tenho vontade de te sentir inteira.
E cada vez que ele dizia isso imaginava como seria se realmente acontecesse, a necessidade latente de senti-lo em mim, dentro de mim, saindo da linha, perdendo o controle e me levando junto nesta história secreta e inesperada.
                -Eu também tenho.
                -Completamente?
                -Sim, do começo ao fim, seu corpo inteiro, sem qualquer pudor.
Meu coração acelerado dentro do peito e a respiração fugindo do controle, um tremor interno daqueles tremores que balançam e que também queimam.
                -Preciso segurar teus cabelos, sentir seu corpo e seu ritmo.
            -Você me deixa quente, me faz arder. Coloque suas mãos sobre mim e descubra os meus caminhos, enlouqueça-me eu preciso de tudo isso.
                -Deixe-me vê-la, por favor!
Era cedo demais, era a minha imagem, e neste ponto a ideia de estar sendo enganada ou correndo algum risco me proporcionou uma breve paralisia e mais uma vez precisei de um tempo, por mais que estivesse me liberando e até mesmo sendo impulsiva eu precisava pensar.
            -Vincent, algum dia.  Preciso de intimidade e confiança, entende?
-Claro que sim, não quero parecer insistente e sem noção. Não pense que a única coisa que quero de você é vê-la sem roupa.
-Eu sei que não é só isso, acima de tudo somos amigos.
-Claro que somos. O que você deseja, até onde quer ir com tudo isso?
-Prazer, de qualquer forma, longe ou perto. E quanto até onde quero ir não estipulei nenhum limite, mas garanto ser sincera sempre e se for preciso saberei onde devo parar.
-Posso lhe assegurar o mesmo. Só mais uma coisa.
-O quê?
-Sem provas.
-Bem melhor assim.
Essa parte de destruir evidências lhe soa um tanto cafajeste? Foi um pensamento que sumiu na velocidade com a qual apareceu, sim às vezes temos que ser um pouco hipócritas a favor de um bem maior. E que seja cafajestagem, não me importa uma vez que a recíproca é verdadeira e que não nego o fato de que o diabo atrai. Esse pensamento um pouco torto me faz rir despreocupadamente e a despreocupação tem um sabor ainda maior nesta história. 

CONTINUA.

6 comentários:

  1. Ai esses dois! rs
    Adoro a forma como os diálogos estão sendo traçados...

    Aguardando ansiosa pela continuação :D

    Jhosy

    http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br

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    1. Confesso que escrever estes diálogos é algo inesperado até pra mim, mas tenho me sentindo muito bem escrevendo esta história.

      Logo logo tem mais. rs

      Beijos, Flor.

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  2. Uou. Sem provas. Gostei do jeito que o título está encaixado na história... Apenas momentos. (:
    Beijo beijo!

    http://menina-do-sol.blogspot.com.br/

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    1. É como eu falei, aos poucos a narrativa vai tomando forma e ganhando sentido, acredite tem sido um desafio escrever esta história, mas estou adorando.

      Beijos, quedida Vi *-*

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  3. UIA, blog novo!! Que delicia!! :)

    *só que não estou conseguindo seguir :(

    Isso me lembra um capítulo bem grande do meu ano passado hohoh, bem intenso e parecido... e foi além...uiui ghauahua
    gostei mto!!

    Poxa, obrigada por não abandonar meu humilde blog (que anda meio transtornado rs), fico feliz com seus comentários, sempre =)

    bjooss, e eu sumo, mas como sinto mta falta de tudo isso aqui, sempre volto!!

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    1. Oi, Raquel!
      Tão bom ver você aqui também, confesso que vou demorar a me acostumar com teu nome, gostava tanto de Ludi, rsrsr.
      Obrigada por visitar aqui também, não vou abandonar seu blog nunca, sempre passo lá pra ler algo e linquei ele aqui também.

      Beijos, querida.

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Obrigada.